Delighting in walking with God

PROJECT: MISSIONARIES´ EMOTIONAL CARE
Missionary - Psychologist Verônica Farias

Delighting in walking with God


Dear Friends,

I´m proceeding to learn how difficult and interesting it is to live in another culture, and all the implications on the emotional, spiritual and physical health. I have experienced emotions often oscillating, the soul crying out to God constantly, and the body replying with exhaustion. In spite of this, my very being thirsts more for God and of His ways.
I have seen that our Love for God overcomes all of the weakness and uncertainties. As well as vulnerability which is a human condition which also affects those living a life based on faith. Actually, there is absolutely nothing extraordinary in this group of Christians who left their land, church, family and homes to go where the Lord has challenged them. They are usual people with questions, frustrations, dreams and expectations about their lives and their futures. They have routine lives the same as everyone has. Then the mission field is an ordinary place and not the dream environment people sometimes imagine it to be.
Regardless of their ministerial calling which sometimes includes risks and uncomfortable situations, they are not facing all these without fear, but bearing in mind this is the only way to delight in God and in oneself as well.
I have found out through the interviews and therapy with transcultural missionaries that, in spite of the defiant context of the lives that they are living, there is an enthusiasm and joy in their faces while they´re describing their ministries. Actually I share their feelings of cheerfulness wholeheartedly.
I can conclude that the delight of whom we serve don´t refer to a place or office, but rather, to a walk with Christ in these ways, and we play an immensely privileged part in introducing people to the knowledge of the glory of God.
Personally, my challenge is living like them and figuring out their feelings, behavior and thoughts. My land is, however, the missionaries and their lives wherever they are. My ministry is empowering them to become emotionally capable to carry out the Mission.
Therefore, I invite you once again to pray about me and this ministry. It’s a great contribution that you can make in my life. I need to keep the focus on Jesus and be obedient to His direction.
Please, pray for my next journey in April. I´m going to travel to the different cities in South Africa and Mozambique, visiting missionaries in their contexts of ministry. Pray for the financial support of these trips, for my health and the protection of God wherever I go. I also need to depend on God to be wise in my counseling work.

With Thankfulness, Joy and Faith,
Veronica


About me:
I am from Brazil, Recife-PE (Northeast). I´m dedicated full time to the ministry as leadership in Evangelism and planting church. I´m also serving as a psychologist. At this time, I´m joined to the Kenilworth Community Presbyterian Church in Cape Town.
If you need more information or want to become a partner in this ministry, please contact me:
E-mail: verasfarias@gmail.com
Skype: veronicasfarias / Mobile: 027 71 2338118

O tão sonhado campo é, enfim, um lugar comum...

Meus querido amigos,

Tenho prosseguido em aprender como se vive numa outra cultura e tudo que isso implica no nosso emocional, espiritual e físico. As emoções oscilam, o espiritual clama por Deus constantemente e o corpo corresponde a todas essas mudanças com exaustão e às vezes enfermando. Mas como uma só porção, tudo em mim tem desejado mais de Deus e de Sua vontade cumprida.
Tenho aprendido entre outras coisas, que o amor a Deus supera todas as nossas fraquezas e incertezas, e que a vulnerabilidade é uma condição sempre presente em quem avança com fé na trajetória proposta pelo Espírito Santo. Que não há nada de extraordinário nesse grupo de cristãos que deixa a sua terra, igreja, família e bens, para ir aonde o Senhor ordena. São pessoas comuns, cheias de perguntas, dúvidas sobre o futuro, saudades do que deixou, lacunas a preencher e uma rotina comum a cumprir.
O tão sonhado campo, enfim, é um lugar comum em alguma parte do mundo. Se por um lado tenho visto que o deslumbre sonhador com o campo missionário, como se isso fosse te elevar a uma posição humana especial, quase sempre leva a frustração e desânimo. “Ah, então é só isso?”. Por outro lado, o que a nós parece um ato de extrema coragem e destemor, para o missionário é apenas um encontro com a sua própria satisfação e tremenda alegria em cumprir a vontade de Deus.
“Eu amo viver no Egito...”; “Mesmo tendo passado por terremotos, eu me sinto em casa na China, não quero deixá-la...”; “Acho que quando chegar ao Oriente Médio finalmente me sentirei realizada, vou encontrar o povo curdo, o meu povo...”. São frases assim que tenho escutado nos meus encontros com missionários transculturais, e em meio aos relatos da difícil tarefa de viver em contextos tão desafiantes, muitas vezes solteiros ou com crianças ainda pequenas, um grande sorriso e um contagiante entusiasmo se pode ver nestas pessoas por estarem exatamente aonde Deus as colocou. Eu compartilho totalmente desta alegria. A alegria deles é também a minha. Os desafios sempre se apresentam, mostrando o quão pequena(o) você é, mas a alegria do Espírito é de fato a nossa força.
O campo é desafiante, sem dúvida, exaustivo, requer muitos acertos com Deus e consigo mesmo, abnegação constante, mas é um lugar de extrema satisfação pessoal, afinal é o centro da vontade de Deus para nossa vida. Quem perdeu esse entusiasmo, que se sobrepõe as dificuldades contextuais do chamado, quem parou de sonhar com seu ministério, precisa avaliar-se, algo pode está fora de foco. Infelizmente, também tenho encontrado estes poucos que via de regra estão em crise. A alegria de quem serve não está nem no lugar nem na tarefa a realizar, pois uns evangelizam, outros ensinam, outros cuidam e encorajam. O gozo está em andar com Deus e compartilhar dessa imensurável tarefa de conduzir aquele pedacinho de mundo que lhe cabe, ao conhecimento da glória de Deus.
Por muitos anos o missionário transcultural foi mostrado portando dois estigmas: (1) Super-humano ou (2) Coitadinho-sofredor. Nem um nem outro. Eu diria, fracos, falíveis e certamente vulneráveis, mas exultantes por ver as grandezas de Deus se realizando em sua vida e através dela no mundo.
Pessoalmente, o meu desafio é aprender mais e mais sobre a vivência em campo incluindo todas as suas facetas. Também conversar e acompanhar emocionalmente o máximo de missionários transculturais possível. Para isso é necessário realizar viagens em direção a outros campos em busca desses agrupamentos. O meu campo é, pois, o missionário e sua vida onde eles estiverem.
Antes do meu retorno ao Brasil em outubro deste ano, tenho o objetivo de fazer mais duas viagens de apoio ao missionário. Uma em Abril (dentro da África) e outra em julho (indo para Ásia). Tenho muita necessidade das suas orações para que as viagens se cumpram bem.


Com muita Gratidão, Alegria e Fé.
Mis. Verônica Farias

Novos Rumos para 2010

PROJETO: CUIDADO EMOCIONAL DO MISSIONÁRIO
Fase: Treinamento Transcultural (2009-2010)

Cara Igreja, amados irmãos em Cristo, Paz!

O ano de 2010 começou com muita esperança e gratidão a Deus por tudo que ELE tem realizado em minha vida e a partir dela, neste tempo que tenho dedicado ao estágio de campo na África do Sul.
Algumas alterações foram necessárias no roteiro do Projeto. Isto reflete apenas no prolongamento do meu tempo de estágio e pesquisas em campo transcultural que estava previsto finalizar em 10 de jan. 2010. Em conformidade com as igrejas parceiras, estamos estendendo este tempo até outubro, ocasião em que estarei retornando para o Brasil para dar continuidade às fases seguintes do projeto, contando com a graça de Deus sempre.
Nosso projeto visa organizar uma Base de Apoio ao Missionário dando assessoria àqueles que transitam entrando e saindo do Nordeste para o mundo. Em fase de pesquisa no Brasil conhecemos alguns poucos trabalhos que estão sendo realizados no Sudeste do país, porém a região Nordeste continua desfalcada deste tipo de atendimento mais cuidadoso àqueles que se dedicam integralmente ao trabalho missionário fora de suas fronteiras.
Metas já alcançadas – Deus sempre nos surpreende fazendo além!
Em 2009, tive a oportunidade de me estender até Moçambique, visitando várias bases missionárias no sul do país, fazendo atendimento psicológico àqueles que solicitaram e ampliando o meu espectro da pesquisa do mestrado, com foco em missionários transculturais de fala portuguesa. Já temos 42 entrevistas realizadas. A visita a cidades do difícil campo moçambicano, resultou em outros atendimentos tanto via e-mail, quanto presenciais. Em dezembro e Janeiro, missionárias atendidas lá no campo, solicitaram prolongamento do trabalho terapêutico, e, aproveitando suas férias de campo, uma delas chegou a viajar até a África do Sul para isso.
Glória a Deus! Coisas assim, totalmente inesperadas dentro do planejamento do projeto têm acontecido, me fazendo confirmar o direcionamento de Deus para minha vida ministerial no Reino. Além disso, tenho sido desafiada a trabalhar na construção de melhores métodos para atendimentos tão curtos e tão focais, como é o trabalho de campo.
Mesmo aqui em África do Sul, tenho continuado a receber e-mails de missionários anteriormente atendidos ou direcionados por outros, para ter algum tipo de apoio emocional, nas fases em que vivem. Tenho dedicado tempo a este trabalho também de acompanhá-los de longe e orar por suas vidas.
É uma experiência muito rica, irmãos, completamente nova para mim e para os parceiros neste projeto, mas acreditamos que não nós, mas o SENHOR é que tem nos guiado nesta direção de investir nesta parte do Reino no mundo, que tende a crescer em suas necessidades.
Novos Alvos – Expectativa e fé Naquele que tudo pode!
Para 2010 temos o alvo de realizar duas viagens para fora do país, podendo dedicar um tempo de 1 mês (pesquisa e atendimentos) em cada um destes países que ainda não definimos. Estamos em oração. Pensa-se em um país africano e um asiático para enriquecer o estágio transcultural. Quem sabe, a tão sonhada China?
Continuo contando muito com as orações da igreja, pedindo a Deus orientação para essa nova fase, manutenção suficiente para realizar tais metas. Também muita sabedoria e saúde para desenvolver este trabalho com aqueles que neste momento carecem emocionalmente, mas perseveram no intuito de servirem ao Senhor no campo missionário, apensar das fraquezas.
Sou muito grata pelo apoio desta igreja, tanto financeiro para o andamento do projeto, quanto pessoal no envio de mensagens atenciosas e nas orações.
Continuemos juntos neste propósito de servir ao REI dos reis.

Em Cristo,
Verônica Farias
Skype: veronicasfarias
E-mail: verasfarias@gmail.com





Viagem de Apoio em Moçambique

Outubro de 2009
Aos poucos o projeto de cuidar da vida emocional dos missionários em campo transcultural começa a tomar forma. Ainda no Brasil, parecia um sonho muito distante e sem possibilidade de ser implementado. Contudo, Deus tem fornecido as primeiras peças e os cenários necessários para o trabalho. De uma coisa eu já estou bem certa, o campo é bem extenso e há muito serviço aguardando para ser feito nesta área.
Neste momento estou de volta a Cape Town onde desenvolvo os estudos da língua inglesa, grande ferramenta para este projeto, e por bondade de Deus, nesta semana iniciei junto a outros missionários um estudo bem básico da língua francesa. Embora cansada com as tarefas e o ritmo de vida que já tenho até aqui, não quis desperdiçar a chance de me introduzir em mais uma língua muito falada no continente africano. De posse de um bom inglês e um francês pelo menos básico, poderia viajar para vários campos desse continente conseguindo uma boa comunicação com o povo local e os grupos de missionários. Além disso, considero que talvez Deus tenha planos que eu mesma ainda desconheço.
Retornei de Moçambique em 10 de outubro, onde estive por duas semanas bem intensas realizando entrevistas e atendimentos clínicos a missionários de
diversas agências, denominações, estado civil e nacionalidade. Foi um tempo bastante produtivo em vários sentidos:
(1) para coleta de dados da pesquisa do mestrado, (2) para mim como missionária em estágio transcultural, e (3) para muitos irmãos que ali estão servindo e necessitando de ajuda psicológica, para entender melhor seus processos e se possível arrumar alguns sentimentos e adoecimentos emocionais, fortemente promovidos pelo estresse dos anos de campo.
Ao fim das duas semanas, tendo conversado com pelo menos 25 missionários, oferecido em torno de 30 horas só de atendimento clínico, além das entrevistas, organizado vários dados para pesquisa e feito diversas viagens no trecho que cobre três distritos (Beira, Dondo e Chimoio), muito cansaço físico, emocional e espiritual me acometeu. Contudo, retornei para África do Sul com duplo sentimento: o de missão cumprida dentro do que havia estabelecido como meta e estava ao meu alcance realizar em tão pouco tempo; e um grande pesar por saber que a situação que encontrei naquele pequeno trecho de Moçambique, se repete em diversos campos por este mundo afora.
Um pouco de Moçambique: Esta é a tradicional “capulana” (pano amarrado em forma de saia) bastante utilizado pelas mulheres moçambicanas. Tive que vesti-la para ir ao culto no domingo.
As edificações da cidade da Beira, todas nesse tom amarelo-cinza envelhecido, retratam o descaso do governo e do próprio povo, que após a retirada abrupta dos colonos portugueses em 1975, se apossaram das residências e vivem aglomerados, às vezes em altos prédios, sem sistema de água encanada ou energia elétrica.
No amor de Cristo Jesus,
Verônica Farias